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Mostrando itens por marcador: beber com estilo

APA da eleição

IPA. Esse é certamente o estilo preferido de 10 entre 10 cervejeiros raiz. O cervejeiro raiz gosta de rock & roll, churrasco na brasa e IPA para acompanhar. E se não estiver bem amarga, não serve.

Eu até já fui muito fã de IPA, mas agora confesso estar mais light. A vida por si só já traz muitas amarguras e a gente não precisa acrescentar mais.  De toda maneira, um pouquinho de amargor cai bem e por isso eu curto muito a APA.

A última que fiz foi a APAPORRA que levou uma boa dose de alecrim. Quem provou, aprovou e disse até que o "alecrim não mandou recado, compareceu pra valer"!

Desta vez pretendia fazer algo diferente e por conta disso resolvi não usar a mesma receita.

O estoque de S-04 não iria servir. Acabei usando toda a levedura virgem na APAPORRA e a que retirei do maturador estava escura demais para usar. Além disso, iria trazer um gosto de torrado que eu não queria.

Para economizar um pouquinho achei de utilizar uma levedura especial chamada de "Blessed Lady" ou como é mais conhecida no Brasil, Dona Benta. Eu tenho varias delas porque faço pão com elas. É uma levedura ale que não costuma trazer muitos esteres, mas por ser uma APA, mesmo se trouxesse não seria crítico. Eu cheguei até a fazer uma experiência de 22 litros no fogão de casa usando ela e o resultado foi muito agradável. 

Como a levedura é barata eu não fiz starter e achei de usar 3 saches para os 40 litros. O smartmash ainda não tinha voltado da manutenção e teria que fazer o controle de temperatura de forma manual mesmo.

Mostura sem grandes contratempos, a não ser pela troca do botijão.  É interessante como ele sempre acaba quando a gente está usando.  Se estivesse usando o smartmash iria desregular o fogo, mas nada que não se resolvesse na hora.

No resfriamento, mais uma vez exagerei, deixando o mosto baixar para 19 graus.  Desta vez eu forcei subir pra 20,5 porque certamente a levedura suportaria.

No dia seguinte pela manhã o airlock já apresentava plena atividade.  O Ispindel apresentou uma divergência mas corrigi no parâmetro linear do Brewfather.  Acho que vou ter que refazer a calibragem. No final da  fermentação ele apresentava uma densidade muito baixa, bem menor que a realidade apresentou.

Passados os sete dias de fermentação, tirei para os baldes gerando dois de 17 litros e um de 6, totalizando 40 litros. A cerveja saiu de 1.049 e chegou a 1.011, trazendo um ABV de 5.0%. Apliquei o prodooze sc1 como de costume, usando uma taxa de 0,5 gramas por litro. 

Quatro dias depois, ia ter um encontro de cervejeiros em Petrópolis e eu engarrafei os 6 litros iniciais. A cerveja não estava muito límpida, mas certamente iria melhorar com um tempo maior de maturação. Quem provou achou que estava mais para um Pale Ale que para uma American Pale Ale.  Faltou um pouco de amargor.

Realmente. Umas gotinhas de tetrahop 9% podem resolver isso.  Quando for engarrafar os 17 litros, cuido da saúde dela. E assim foi feito. Para 17 litros, numa taxa de três gotas, daria 51 e para quatro, 68.  Eu apliquei 60 gotas.

Além disso, achei se fazer um express dryhop com 25 g de Sabro. Essa é uma técnica que tenho usado há bastante tempo e tem dado um bom resultado. Para maiores detalhes clique sobre o processo clique aqui.

Depois da carbonatação, o segredo é deixar descansar por 24 horas. Os sólidos decantam e a cerveja volta a ficar límpida.

Engarrafadas as primeiras doze ampolas, notei que as 60 gotas de tetrahop e o amargor do dryhop fizeram da minha APA se aproximar de uma IPA.  O amargor ficou bem presente mas não agressivo. Para os outros 17 litros pretendo fazer apenas o dryhop pois o aroma ficou espetacular.

Segue aqui o link para download da receita em pdf e beerxml.

Prost!

Blonde da Independência

Blonde da independência.

Achei de dar este nome para esta cerveja pela proximidade das comemorações do bicentenário da independência do Brasil. Mal sabia eu que o termo independência seria muito bem apropriado neste caso.

Inicialmente nada de novo. Como eu ia fazer cerveja no sábado, iniciei o starter na quinta. Dois litros e meio de starter para 2 pacotes de levedura Abbey da Lalleman. Outra coisa foi colocar o ispindel para carregar.

Sábado pela manhã dei a tradicional arrumada no material e uma água nas panelas.

Ao acionar o smartmash veio então a primeira surpresa. O sensor de temperatura não estava funcionando! Com isso, o aparelho marcava -3.5 graus. Isso já aconteceu uma vez e era mal contato do sensor.

Para tudo! Desmonta a linha de gás e abre o aparelho pra ver se consegue arrumar o negócio. Uma hora de tentativas e... nada feito. Não vai ter como usar o aparelho. Eu até poderia ter deixado o aparelho ligado mas como terei que enviar para conserto fiz uma adaptação para poder emendar a linha. (inserir foto).  Neste caso só me restou controlar as rampas manualmente.

Estava inaugurando o novo chuveiro da panela e pude comprovar que deu muito certo embora ainda mereça uns retoques a mais. Ao pegar o Ispindel para prepará-lo para o trabalho, descobri que ele não tinha recarregado depois de dois dias ligado no carregador. Resultado. Tive que trocar a pilha e utilizar a anterior. O problema é que com isso descalibrou por completo o aparelho e eu não teria tempo para regulá-lo.

A mostura correu muito bem e o volume útil acabou sendo muito bom. Um mosto bem limpo, com 1.054 de densidade final e 48 litros no fermentador. Esfriei o mosto até 19 graus e terminei tudo as 6 da tarde. Sobrou um pouco de gelo e eu preparei a serpentina do fermentador, ajustando o termostato pra 19 ºC. No dia seguinte, até as 10 da manhã não havia nenhuma atividade. O airlock calado e a temperatura estagnada em 18.8.  Acho que a levedura estava com frio.

Resultado: Desmonta o kit de refrigeração e aciona o de aquecimento.

Subi a temperatura para 21 graus no fermentador e... Maravilha!!! Ela finalmente acordou.

Cinco dias se passaram e eu gradualmente subi a temperatura até os 23.5 ºC. A cerveja partiu de 1.054 pra 1.012 dando 5.5% de álcool, bem dentro da expectativa.  Agora é baixar a temperatura e passar para o balde.

Deu ao todo 2 baldes com aproximadamente 17 litros e um com 10. Com isso terei mais ou menos 44 litros de blonde.

Ontem diz um testdrive. Carbonatei uns 700ml e provei. Achei ótima. Ainda está meio turva porque tinha só 24 horas de cold crash mas acho que vai melhorar. Botei 0.5g/l de prodooze sc1. Esse negócio é  fora de série.

Sexta vou tirar o balde de 10 litros e carbonatar. Preciso ter outra cerveja na área porque a pilsen está indo rápida demais. 

Então fica aqui a independência. Independência da tecnologia. O equipamento falhou mas o cervejeiro não. Isso porque o show não pode parar.

A única coisa que não saiu tão de acordo foi o nome blonde, que em inglês significa loira. Por conta do malte munich (6 Kg) e um pouco de malte chocolate (80 g) a tal blode ficou tudo, menos loira.  De toda maneira, a cerveja ficou boa.  Quem provou gostou, inclusive eu, é claro.

Segue a receita da Blonde da independência.

Saúde.

Pilsen de agosto

12 de junho foi o dia dos namorados e eu fiz uma Witbier pra comemorar.  Você pode ver o artigo em Witbier dos namorados. Embora ela não tenha ficado tão boa quanto eu queria, teve muita gente que aprovou. 

De toda maneira, nem só de Witbier vive um cervejeiro.  Precisamos de uma pilsen. 

E porque a pilsen?  Porque pilsen é efetivamente a cerveja que todo mundo gosta.  Mesmo o cervejeiro mais raiz, que come lúpulo com farinha no café da manhã, não dispensa uma pilsen pra rebater os amargores da vida.  A pilsen é que nem arroz com feijão.  Não pode faltar!

Se você reler o artigo da Pilsen da libertação, esta foi feita com o resto da maturação da outra cerveja.  Feito o starter, eu salvei um litro de levedura pra... sei lá, mas salvei.  Além disso, quando engarrafei, salvei o que saiu da maturação e foi isso que eu usei pra fazer o starter desta.

Tudo certo pra começar, peguei aquela lama que saiu do maturador e fiz um novo starter.  Pra minha enorme surpresa, não deu certo. Acreditem voces ou não, depois de 24 horas de starter, nada aconteceu.  Não sei porque o mosto não fermentou e a opção que eu tinha era colocar aquele litro que eu tinha salvo da pilsen da libertação.

Para a minha surpresa, ele funcionou!  E fermentou beleza levando a FG do starter a 5 brix, que daria mais ou menos 1.006.  Se você considerar que saiu de 1.040 foi bastante eficiente. Separei 2 litros e guardei o resto.

Feito o processo, coloquei no fermentador os 2 litros do starter e deixei rolar.  Agora vai!!!

É, mas não foi.  Após 3 dias de fermentação, estamos em 1.022 e não parecia que ia chegar ao desejado.  Foi aí que eu resolvi colocar o que sobrou no fermentador. 

Sabe aquele restinho de levedura que eu tinha guardado?  Pois é.   Foi pra conta!  Botei tudo que tinha e finalmente a cerveja ficou pronta.   Desceu pros 1.009 que eu queira. Tá certo que um acréscimo de temperatura no fermentador deve ter ajudado um pouco, mas uma nova carga de levedura possivelmente acelerou o processo.  A cerveja ficou show de bola.

A grande perda foi não ter sobrado nenhuma levedura pra Pilsen de natal, que se bobear, vou ter que fazer com uma S-189 que tenho aqui.  To pensando até em fazer um starter com ela pra ver se ainda tá funcionando.

A bola da vez é uma blonde, que pretendo fazer dia 3 de setembro em homenagem a Independência do Brasil.  Blonde ale não tem nada a ver com independência, muito menos com Brasil, mas... deixa rolar.  O que importa é a cerveja ficar boa.  O resto é subjetivo.

Segue o link da receita da pilsen 57 litros, que faz sobrar 10 litros para fazer starter.

Witbier dos namorados

Witbier.  Eu adoro este estilo!

É seguramente o estilo de cerveja a base de trigo que eu mais gosto.  Refrescante, aromática, saborosa...  É um espetáculo.  Inclusive eu faço uma que fica muito boa.

Em comemoração ao dia dos namorados, nada melhor que uma bela Witbier!  É, mas nem tudo rola como deveria e eu vou contar o que aconteceu.

A coisa começou não funcionando bem na quinta feira, quando achei de fazer o starter de uma T-58 usada para fazer a segunda Witbier desta cepa.  Esta foi feita em outubro de 2021 após passar mais de 10 meses adormecida no freezer.  Sete meses apenas após o sucesso da Wit do ano passado, coloquei como de costume o starter para iniciar e 24 horas depois, nada aconteceu!  A levedura não deu nenhum sinal de vida e a densidade do starter não baixou nem um pontinho!  Mal presságio!   Resultado. Comprei dois pacotes de T-58 novinhos.

Eu função dos problemas que eu tive de sedimentos com a Red Ale de São João, achei por bem de aumentar a capacidade de filtração do meu equipamento.  Com isso, além do tradicional saco feito com malha ortopédica para o BIAB eu revesti a placa do fundo falso com a malha também, gerando com isso mais 2 elementos filtrantes. (Um por cima da placa e outro por baixo dela)  

Para minimizar o efeito de chafariz que o pires colocado na tampa da panela de mostura, que fez com que a o mosto descesse pela lateral da panela, eu coloquei um pedaço malha.  Com isso o mosto passou a cair verticalmente, me permitindo inclusive abrir a tampa da panela durante a mostura sem ter que desligar a bomba.

A única coisa que eu não pensei foi que, cada elemento deste é um retentor de material e com isso, quando no final da mostura eu tirei o famoso "primeiro mosto", que costuma dar perto de 15 BRIX, o dito apresentava apenas 9 BRIX.  Eu disse 9 BRIX no primeiro mosto, antes da lavagem!  Isso dá aproximadamente 1.040 antes de lavar.  Já pensou a quanto iria depois da lavagem?

A essa altura do campeonato não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser tentar espremer a cama de grãos pra ver se conseguia um pouco mais de suco.  Como último recurso eu adicionei 1 Kg de açúcar e consegui atingir uma OG 1.042, quando o projetado sem o açucar era 1.048.

Passei para o fermentador e coloquei os dois pacotes de T-58.  Levedura nova, mosto de densidade baixa... Tranquilo né.  Não mais que dois dias foram necessários para atingir 1.010, porém esta fermentação foi espichada para sete dias por falta de espaço no freezer.  Eu ainda estava com os baldes da Red Ale de São João e não tinha como transferir os 45 litros produzidos.

Ninguém gosta de falar de seus erros mas vai aqui um alerta.  Com toda a falta de filtração que a Red Ale de São João teve, tudo foi solucionado na fermentação/maturação.  Já esta WitBier ficou linda!  Super transparente...  Mas o trigo, que a deixaria turva, ficou todo retino nas várias camadas filtrantes da mostura e com ele foi-se o sabor da cerveja.  é nessa hora que você descobre que sabor é melhor que aparência. Para dar um pouquinho mais de aroma eu adicionei algumas gotas de essência comestível de limão e para dar um pouco de amargor, umas gotas de extrato de lúpulo Dupappi , no sabor MARACA (maracujá).  Se você abstrair o fato de originalmente ter sido projetada para ser uma Witbier, ela não ficou ruim.  Leve, ligeiramente amarga e com um leve toque cítrico.  Ms pra Witbier... vai uma distância muito grande.

Sorte minha que a minha esposa (namorada) não gosta de cerveja porque seria complicado dizer que fiz isso pelo dia dos namorados.  Um tremendo mico.

Segue a receita original da Witbier

Witbier dos namorados.

 

Conheça todos os tipos de harmonização de cervejas

Como o próprio nome já sugere, a harmonização de cervejas nada mais é do que o processo de unir elementos que combinem, ou seja, fazer a união de elementos presentes no prato e na bebida para que haja sintonia e seja agradável ao paladar.

Tendo isso em mente, vem descobrir os tipos de harmonização de cerveja!

1- Harmonização por contraste: nesse caso, as diferenças se fazem essenciais. Os elementos opostos são considerados para que exista um contraste.
2- Harmonização por complemento: como sugere o nome, os elementos do prato e da bebida devem se complementar, adicionando os sabores que faltam em um ou outro.
3- Harmonização por semelhança: diferente do primeiro caso, nesse tipo de harmonização se considera os elementos que são semelhantes.

E então, já conhecia sobre o assunto?

Se gostou das informações, não esqueça de seguir a página e acompanhar mais conteúdo como esse.

Conheça 3 diferenças entre as cervejas artesanais e as industrializadas

Não é novidade alguma que as cervejas artesanais vêm ganhando destaque no mercado e entre os consumidores no geral. Mas você conhece a diferença entre essas cervejas e as industrializadas?

Então vem conferir mais!

1- Experiência de degustação.
2- Pureza de ingredientes.
3- Design do rótulo.
4- Processo de fabricação.

E então, as informações foram úteis para você?

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Confira algumas dicas para escolher a sua cerveja artesanal

É sempre importante saber que as cervejas artesanais podem harmonizar com os mais diversos pratos e assim combinar com as mais diversas ocasiões. Mas para não errar nessa escolha, é bom se atentar a algumas informações. Para te ajudar com isso, separamos algumas dicas para que você possa escolher a cerveja artesanal ideal.

Vem conferir!

1- Escolha de acordo com o clima.
Leve em consideração que as Largers são ótimas para refrescar em dias quentes e as Wood Aged e Barley Wines são boas opções para os dias mais frios.

2- Considere o teor alcóolico.

3- Experimente e faça a escolha de acordo com o seu paladar.

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